Os Grandes nomes da Semana da Arte Moderna em 1922

Alguns dos pintores brasileiros mais famosos ganharam notoriedade após a Semana da Arte Moderna, evento que aconteceu em São Paulo em 1922.


Conhecidos como os grandes nomes da pintura modernista brasileira, os artistas abaixo fundaram um movimento cultural que prezava por uma arte mais livre, sem regras estabelecidas, enfim, moderna. Veja quem são as pessoas que marcaram o evento mais importante do movimento modernista nacional.


Tarsila do Amaral (1886 - 1973)




Tarsila do Amaral e sua obra "Abaporu" (1928)

Paulistana que teve a oportunidade de estudar arte em vários países europeus, foi isso que influenciou Tarsila a ser uma das principais figuras do Movimento Modernista Brasileiro. Criou os movimentos nacionalistas  'Pau-Brasil' e 'Antropofágico', que marcou seus quadros com paisagens do Brasil, cores vivas e alegres.


Suas principais obras são os quadros Abaporu (1928), Antropofagia (1929) e Operários (1933).


Leia aqui a biografia completa de Tarsila do Amaral.


Di Cavalcanti (1897 - 1976)




Di Cavalcanti e sua obra "Cinco Moças de Guaratinguetá" (1930)

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo conhecido como Di Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, foi eleito o melhor pintor brasileiro na Bienal de São Paulo de 1953, e foi um dos idealizadores da Semana de 22. Também teve contato com diversos pintores internacionalmente conhecidos como Picasso e Matisse, em suas viagens pela Europa. Gostava de pintar festas populares, favelas, operários, em telas que passavam uma constante sensação de alegria e celebração.


Suas obras mais importantes são Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), Aldeia de Pescadores (1950) e Carnaval (1972).


Leia aqui a biografia completa de Di Cavalcanti.


Cândido Portinari (1903 - 1962)




Cândido Portinari e sua obra "Os Retirantes" (1944)

Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu em São Paulo. Ainda criança descobriu seu dom artístico, tendo participado de trabalhos de restauração da igreja de Brodowski quando tinha nove anos. Após estudar desenho e pintura na Escola Nacional de Belas Artes, o pintor traçou uma carreira meteórica, sendo o principal nome da pintura nacional com projeção no resto do mundo.


Entre as suas mais de cinco mil obras, destacam-se, o painel Guerra e Paz (1956), O Lavrador de Café (1934) e Os Retirantes(1944).


Leia aqui a biografia completa de Cândido Portinari.


Anita Malfatti (1889 - 1964)




Anita Malfatti e sua obra "O Homem Amarelo" (1917)

Paulistana que herdou da mãe o dom para as artes plásticas, foi quando adolescente que Anita se dedicou às suas primeiras telas, tendo estudado depois anos no exterior para encontrar seu estilo. Foi o principal alvo das críticas à pintura modernista no Brasil e, por consequência, uma dos mais importantes. A artista tinha uma atrofia na mão direita, mas aprendeu a fazer seus trabalhos com a mão esquerda e trabalhou até a sua morte.


Entre os seus principais trabalhos estão: O Homem Amarelo (1917), O Farol (1915) e A Mulher de Cabos Verdes (1916).


Leia aqui a biografia completa de Anita Malfatti


Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970)




Vicente do Rego Monteiro e sua obra Artesão (s/d)

Um artista múltiplo nascido em Pernambuco, que trabalhou com escrita, desenho, escultura e pintura. Fez amizade com o grupo de modernistas que idealizaram a Semana de 22 e expôs oito de suas obras. O artista também esteve no exterior, especialmente na França, onde frequentou a Academia Julian em Paris.


Principais obras: Mulher com Galinha (1925), Deposição (1924) e Artesão (s/d)


Leia aqui a biografia completa de Vicente do Rego Monteiro


John Graz (1891 - 1980)




John Graz e sua obra "Amazonas" (s/d)

Apesar da nacionalidade e formação artística suíça, Graz passou boa parte de sua vida no Brasil, trabalhando como pintor e decorador, especialmente. Participou da Semana de 22 por conta da sua amizade com Oswald de Andrade, expondo sete obras. Também foi um dos sócios-fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), em 1932.


Principais quadros: Quinteto (1976), Magia (s/d) e Amazonas (s/d)


Outros artistas plásticos modernistas brasileiros importantes


Apesar de não ter exposto na Semana de 22, os nomes abaixo também se consagraram como grandes destaques da arte modernista brasileira.


Oswaldo Goeldi (1895 - 1961)




Oswaldo Goeldi e sua obra "O Ladrão" (1955)

Conhecido principalmente pelas suas xilogravuras, Goeldi foi um artista nascido no Rio de Janeiro que frequentou diversas escolas de arte, especialmente em Genebra, na Suiça, pátria de seu pai.


Sua primeira exposição no Brasil foi em 1919, dois anos antes da Semana de Arte Moderna. Nessa época começou a sua aproximação com os modernistas. Atualmente suas gravuras permeiam exposições na América Latina, mas também em Portugal, Espanha e Suíça.


Principais obras: Pescadores (1950), O Ladrão(1955) e Chuva (1957).


Ismael Nery (1900 - 1934)




Ismael Nery e sua obra "Autorretrato" (1930)

Pintor paraense que, depois de passar um período na Academia Julian, em Paris, passou a expor no Brasil na década de vinte. Ao contrário de seus colegas modernistas, não tinha influências nacionalistas. Nery gostava de pintar a figura humana, de várias formas, especialmente com toques surrealistas e cubistas. Morreu precocemente de tuberculose aos trinta e quatro anos de idade.


Principais quadros do autor: Namorados (1927), Figura (1927) e Autorretrato (1930)


Leia aqui a biografia completa de Ismael Nery


Lasar Segall (1891 -  1957)




Lasar Segalle e sua obra "Retrato de Mario de Andrade" (1927)

Nascido na atual Lituânia, o pintor naturalizou-brasileiro tornando um dos principais nomes do modernismo brasileiro. Chegou a fundar a Sociedade Pró-Arte Moderna em São Paulo em 1932 e suas obras sofriam forte influência expressionista e impressionista. Deixou um vasto material, parte exposto no Museu Lasar Segall, mantido pela família em São Paulo.


Entre os seus quadros mais famosos estão: Retrato de Mario de Andrade (1927), Perfil de Zulmira (1928) e Bananal (1927).


Leia aqui a biografia completa de Lasar Segall.


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